sexta-feira, 20 de maio de 2011

Inspeção veicular: a cada 480 carros regulados, uma vida é poupada!


 
Realizar a inspeção veicular reduz o índice de mortalidade das cidades, segundo estudo divulgado pela Medicina da USP – Universidade de São Paulo. A pesquisa, realizada com base nos dados da capital paulista – que foi a primeira cidade do Brasil a adotar a inspeção veicular –, concluiu que, a cada 480 carros regulados, uma pessoa deixa de morrer por doenças agravadas pela poluição – como a pneumonia, por exemplo.
Em São Paulo, no ano passado, 121 mil veículos a diesel foram inspecionados e, portanto, evitou-se a morte de 252 pessoas. Além disso, cerca de 300 habitantes deixaram de ir para o hospital por conta da poluição do ar.
De acordo com o estudo, ao reduzir o número de internações nos hospitais, a inspeção veicular ainda fez com que o sistema de saúde público e particular economizasse US$ 987,4 mil – quantia similar a R$ 1,6 milhão.
A sugestão dos pesquisadores é que esse dinheiro seja investido em mais medidas de combate à poluição, já que, por ano, ela é responsável pela morte de cerca de quatro mil pessoas, apenas na cidade de São Paulo – mais do que a Aids e a tuberculose juntas!
No ano passado, apenas pouco mais da metade dos carros, da cidade de São Paulo, que deveriam realizar a inspeção veicular foram submetidos à avaliação. Já pensou quantas vidas mais poderiam ser salvas se todos cumprissem a lei ou, ainda, se a inspeção veicular fosse expandida para outras cidades do país?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Denúncia de Acidentes Ambientais

Os acidentes ambientais podem ser comunicados ao IBAMA por meio do formulário abaixo. O objetivo principal desse formulário é realizar uma comunicação rápida das ocorrências, de forma a permitir uma articulação e atuação por parte dos órgãos pertinentes num menor espaço de tempo.
Comunique um Acidente

http://www.ibama.gov.br/emergencias/servicos/atendimento/informe-um-acidente/

 -  deverá ser repassado logo nos primeiros momentos da ciência da ocorrência.


O formulário preenchido  poderá ser enviado via fax ou por meio de contato com a equipe da Coordenação Geral de Emergências Ambientais (CGEMA):
email: emergenciasambientais.sede@ibama.gov.br
telefone: (61) 3316 1070
fax: (61) 3316 1229/1668
Celular da Emergência: (61) 9909 4142
Bem como por meio da Linha Verde do IBAMA:
email: linhaverde.sede@ibama.gov.br
telefone: 0800-61-80-80 (ligação gratuita para todo o Brasil)
Lembre-se de ter em mãos o maior número de dados possível sobre o acidente, para que a denúncia possa ser investigada.

Estádio Ecologicamente correto


Arquitetos franceses Jean Marie Massaud e Daniel POUZET criaram um novo designer ecológico para esse novo estádio de futebol em Guadalajara, no México. Esse estádio não é verde apenas em sua edificação, ele também é ecológico em outros aspectos.
O estádio não decepciona, ele usa água da chuva coletada para manter o ar fresco, ele tem uma garagem naturalmente ventilado e possui iluminação super eficiente que aproveita ao máximo a luz solar. Inaugurado no final do mês passado, e em sua partida inaugural o novo estádio Volcano – Omnilife, o Chivas Guadalajara venceu o Manchester United por 3×2. Antes da bola rolar uma enorme festa foi executada no gramado do estádio.

Casa Ecologicamente Correta

O que seria jogado fora e estaria fadado a se perder na natureza e a degradar o meio ambiente toma ares de requinte e de novidade se reaproveitado. Na casa do professor de arquitetura Flávio Negrão, de 35 anos, lixo é sinônimo de coisa nova. Na propriedade do condomínio Vila Castela, em Nova Lima, na Grande BH, reciclagem começa do básico. Um coletor leva a água das chuvas das calhas até uma caixa com capacidade para 5 mil litros, de onde é distribuída para irrigação dos jardins, a limpeza e a máquina de lavar roupas. O resultado se reflete no bolso: ele paga a taxa mínima pelos serviços da Copasa.

A idéia de fazer diferente surgiu nos tempos da faculdade. “Comecei a pensar como poderia contribuir para reduzir o lixo”, conta. A partir daí, entrou em contato com várias pessoas da área para descobrir novos formatos e implementar os três erres: reduzir, reciclar e reutilizar – acrescidos, atualmente, por um quarto componente: o reeducar. Hoje, Negrão é uma referência em matéria de lixo. “Meu papel é multiplicar, não quero ficar milionário com idéias de reaproveitamento. Cada um pode e deve fazer a sua parte”, diz.

 

O desafio seguinte foi construir uma casa ecologicamente correta e com baixo custo. Garrafas PET são usadas para dividir os canteiros. A tinta para pintar a edificação foi feita com uma mistura que tem como base a própria terra da região. Para a mesa, foram reaproveitadas bobinas de fração elétrica, com a base de tubos de papelão. Os assentos das cadeiras foram revestidos com banners. Os armários, as portas, o teto e até mesmo o box do banheiro são de placas feitas com tubos de pasta de dente. “A reciclagem é o grande desafio do ano. Uma das ramificações é a água e um dos problemas são os resíduos. A redução deles é o início de tudo, pois as pessoas precisam entender que fazem parte do meio e devem realizar algo para melhorar esse ambiente insustentável que temos hoje.”

No condomínio da família do arquiteto Tarcísio Ribeiro, no distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, o reuso da água também é lei. Os captadores pegam o produto das chuvas e abastecem uma caixa d’água de 45 mil litros feita de água e cimento. O processo é repetido em outros tanques espalhados pelo terreno. “É uma técnica barata que resolve dois problemas: a erosão do solo, pois as manilhas diminuem a velocidade da água que desce pela terra, e o consumo menor para irrigação”, afirma. Telhas feitas com embalagens tetra-pak e de tubos de pasta de dente são usadas em cinco anos nas coberturas de áreas e jardins da propriedade. O deck foi todo construído com cruzetas de postes de iluminação.

Para ele, consciência ambiental e coragem para trabalhar a novidade são fundamentais para aplicar os produtos reciclados em casa. “Temos vários produtos industriais que são disponíveis, mas que as pessoas não conhecem. Como mudar uma das coisas mais poluentes, que é a construção civil, se não houver inovação?”, questiona. O mais novo imóvel do condomínio, a casa onde ele vai morar, é o exemplo desse conceito. O muro de arrimo é todo de cimento, sucatas de ferro e de madeira. “No modelo convencional gastaria R$ 3 mil, mas esse me custou R$ 800”, relata. Pedaços de postes e pneus também são usados na contenção do terreno. Carretéis de metal serviram de base para a varanda, que é a própria estrutura da casa. A energia solar terá um captador tradicional e um novo modelo que, juntos, vão economizar 92% de energia elétrica. A estrutura da laje são janelas descartadas por um shopping. “Catei R$ 18 mil do lixo, valor que gastaria na compra de ferro”, afirma.

A entrada da sala de estar é surpreendente: as portas são de um caminhão que capotou na estrada. O tanque é de material reciclado de pó de mármore e resina. O fogão a lenha, o forno e a lareira estão em um único equipamento: um cilindro de ar comprimido da antiga rede ferroviária. Os armários são de madeira de demolição e o piso também é fruto das cruzetas de postes de luz. Uma mistura de plástico com serragem de madeira será usada no lugar das pedras das pias. “Gastei R$ 550 por metro quadrado num casa com excelente nível de acabamento, que me custaria R$ 1,4 mil no modo convencional”, destaca. Além do custo, o propósito maior do trabalho é levado em conta: “Quando ocorrem tragédias como as enchentes da semana passada não entendemos por quê. É simples. Se não pararmos de jogar lixo na rua não haverá perdão, a natureza vai cobrar”.

Dez dicas para deixar sua casa ecologicamente correta

1. Prefira detergentes biodegradáveis e produtos de limpeza que não agridam o meio ambiente. O cloro da água sanitária gera poluentes que prejudicam a flora e a fauna. Evite aerossóis com CFC, gás responsável pelo buraco na camada de ozônio.

2. Não escove os dentes com a torneira aberta. Gastam-se até 12 litros de água cada vez que se faz a higiene bucal sem fechar a torneira. Na cozinha, ensaboe a louça toda antes de abrir a torneira para o enxágüe.

3. Economize papel. Estima-se que para cada 100 quilos de papel reciclado são poupadas sessenta árvores

4. Banhos que duram quinze minutos são ecologicamente incorretos: gastam em média 243 litros de água. A ONU diz que cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender às necessidades de consumo e higiene.

5. Pilhas, baterias e lâmpadas contêm substâncias que podem contaminar a terra e o lençol de águas subterrâneas. A Comlurb dispõe de cestas verdes para a coleta de pilhas e baterias. A localização delas está no site www.rio.rj.gov.br/comlurb/

6. Leve sua própria sacola de compras ao supermercado. Isso diminui o consumo de sacos plásticos, reduzindo também o volume de lixo produzido.

7. Separe o lixo para reciclagem. A Comlurb calcula que apenas 5% do lixo da cidade é separado, apesar de haver coleta seletiva em quarenta bairros.

8. Só use a máquina de lavar roupa quando ela estiver cheia. Com poucas peças e lavagens freqüentes, gastam-se mais água e energia. A Light informa que, ligando a máquina dia sim, dia não, a economia é de 9 quilowatts-hora por mês na conta de luz.

9. Não compre nem cozinhe mais alimentos do que vai consumir. Segundo a Comlurb, 61% do lixo carioca é sobra de alimentos. O lixo úmido (restos de comida) deve ser separado do seco (plásticos, vidro, latas, papéis e metais). O material reciclável deve ser posto em sacos transparentes, para facilitar a identificação.

10. A geladeira e o freezer podem responder por 30% do consumo de luz. Compre os que têm o selo Procel (Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica). Evite deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e não guarde alimentos ainda quentes.

Fonte: Guia de Boas Práticas para o Consumo Sustentável do Ministério de Meio Ambiente

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Energia Eólica

"Não é a fome, mas, pelo contrário, a abundância, o excesso de energias, que provocam a guerra". (José Ortega e Gasset)

  

A energia eólica - produzida a partir da força dos ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é gerada por meio de aerogeradores, nas quais a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A avaliação técnica do potencial eólico exige um conhecimento detalhado do comportamento dos ventos. Os dados relativos a esse comportamento - que auxiliam na determinação do potencial eólico de uma região - são relativos à intensidade da velocidade e à direção do vento. Para obter esses dados, é necessário também analisar os fatores que influenciam o regime dos ventos na localidade do empreendimento. Entre eles pode-se citar o relevo, a rugosidade do solo e outros obstáculos distribuídos ao longo da região.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m, em apenas 13% da superfície terrestre. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental.
A utilização dessa fonte para geração de eletricidade, em escala comercial, começou na década de 1970, quando se acentuou a crise internacional de petróleo. Os EUA e alguns países da Europa se interessaram pelo desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de energia elétrica, buscando diminuir a dependência do petróleo e carvão .
Quanto à aplicação desse tipo de energia no Brasil, pode-se dizer que as grandes centrais eólicas podem ser conectadas à rede elétrica uma vez que possuem um grande potencial para atender o Sistema Interligado Nacional (SIN). As pequenas centrais, por sua vez, são destinadas ao suprimento de eletricidade a comunidades ou sistemas isolados, contribuindo para o processo de universalização do atendimento de energia. Em relação ao local, a instalação pode ser feita em terra firme (on-shore) ou no mar (off-shore).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação. O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), mostra um potencial bruto de 143,5 GW, o que torna a energia eólica uma alternativa importante para a diversificação do "mix" de geração de eletricidade no País. O maior potencial foi identificado na região litoral do Nordeste e no Sul e Sudeste. O potencial de energia anual para o Nordeste é de cerca de 144,29 TWh/ano; para a região Sudeste, de 54,93 TWh/ano; e, para a região Sul, de de 41,11 TWh/ano.
Ainda que a principal referência de potencial eólico do Brasil, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (Amarante et al., 2001), não apresente avaliações a respeito da potencialidade energética dos ventos na plataforma continental do vasto litoral brasileiro - que tem nada menos que 7.367 km de extensão e conta com avançado desenvolvimento em tecnologias offshore em função do desenvolvimento e capacitação para a prospecção e produção de petróleo e gás natural neste ambiente - esta alternativa não pode ser ignorada e esta via deve ser ainda cuidadosamente avaliada, tendo em vista que estes projetos apresentam um maior volume específico de energia elétrica gerada ao beneficiarem-se da constância dos regimes de vento no oceano.



As aplicações mais favoráveis desta fonte energética no Brasil estão na integração ao sistema interligado de grandes blocos de geração nos sítios de maior potencial. Em certas regiões, como por exemplo, a região Nordeste, no vale do Rio São Francisco, pode ser observada uma situação de conveniente complementariedade da geração eólica com o regime hídrico, seja no período estacional ou na geração de ponta do sistema - ou seja, o perfil de ventos observado no período seco do sistema elétrico brasileiro mostra maior capacidade de geração de eletricidade justamente no momento em que a afluência hidrológica nos reservatórios hidrelétricos se reduz. Por outro lado, no período úmido do sistema elétrico brasileiro, caracterizado pelo maior enchimento destes reservatórios, o potencial de geração eólica de eletricidade se mostra menor.
Assim, a energia eólica se apresenta como uma interessante alternativa de complementariedade no sistema elétrico nacional.
Embora se insira dentro do contexto mundial de incentivo por tecnologias de geração elétrica menos agressivas ao meio ambiente, como qualquer outra tecnologia de geração de energia, a utilização dos ventos para a produção de energia elétrica também acarreta em alguns impactos negativos - como interferências eletromagnéticas, impacto visual, ruído, ou danos à fauna, por exemplo. Atualmente, essas ocorrências já podem ser minimizadas e até mesmo eliminadas por meio de planejamento adequado, treinamento e capacitação de técnicos, e emprego de inovações tecnológicas.

Aspectos ambientais ligados à operação de usinas eólicas
- Emissão de gases poluentes
O Brasil, por possuir uma matriz de geração elétrica composta predominantemente por fontes renováveis - principalmente de origem hidráulica - apresenta grandes vantagens no que se refere à emissão evitada de CO2.
Além do aspecto de diversificação da matriz energética, uma outra possibilidade atraente para empreendimentos baseados no aproveitamento da energia eólica inclui a comercialização do CO2 evitado por meio dos certificados de redução de emissão de carbono no âmbito do Protocolo de Kyoto. Os países desenvolvidos, para alcançarem suas metas poderão se utilizar dos "mecanismos de flexibilidade", dentre os quais ressalta-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL permite que países desenvolvidos, por meio da implantação de projetos energéticos em países em desenvolvimento, alcancem suas metas de redução da emissão de CO2 ou outros gases de efeito estufa. O MDL é um mecanismo disseminador de tecnologia com grande potencial de expansão, o qual poderá incentivar o setor privado a investir em projetos energéticos no âmbito das energias renováveis, entre elas a energia eólica.
Das tecnologias disponíveis com emissões de CO2 abaixo do nível da energia eólica, somente as grandes hidrelétricas são hoje comercialmente competitivas. Entretanto, a utilização de grandes hidrelétricas tem sido discutida em países como o Canadá e o Brasil (dois países que apresentam grandes plantas hidrelétricas instaladas cada vez mais longe dos centros consumidores), onde a decomposição da vegetação submersa nos grandes reservatórios produz uma quantidade substancial de metano, que registra um potencial de aquecimento 50 vezes maior do que o CO2.
Embora as emissões de CO2 decorrentes das grandes barragens não se dêem no mesmo patamar das emissões de CO2 originadas da queima de combustíveis fósseis em termoelétricas, gases como o CH4 e N2O - oriundos da decomposição do material orgânico - possuem, respectivamente, um potencial de aquecimento global 56 e 280 vezes maior do que o CO2, para um horizonte de 20 anos (Oliveira, 2000).







O uso do solo e a adequação da topografia
- Poluição visual
A reação visual às estruturas eólicas varia de pessoa para pessoa. Trata-se de um efeito que deve ser levado em consideração, na medida em que o aumento do rendimento das turbinas eólicas vem acompanhado pelo aumento em suas dimensões e na altura das torres. Como conseqüência, também o espaço requerido entre as turbinas torna-se maior, diminuindo, portanto, a densidade na área da fazenda eólica - o que possibilita o aproveitamento do solo para usos alternativos no entorno do empreendimento.
Dentre as diferenças de percepção destes empreendimentos, a turbina eólica pode ser vista como um símbolo de energia limpa e bem-vinda, ou, negativamente, como uma alteração de paisagem. A forma de percepção das comunidades afetadas visualmente pelos parques eólicos também depende da relação que essas populações têm com o meio ambiente. Acrescenta-se que os benefícios econômicos gerados pela implantação das fazenda eólicas muitas vezes são cruciais para amenizar potenciais atitudes ou percepções negativas em relação à tecnologia (EWEA, 2004).
A paisagem modificada pelas fazendas eólicas traz outra possibilidade: a de atrair turistas, o que é um fator de geração de emprego e renda.

- Impacto sobre a fauna
Um dos aspectos ambientais a ser enfatizado diz respeito à localização dos parques eólicos em áreas situadas em rotas de migração de aves. O comportamento das aves e as taxas de mortalidade tendem a ser específicos para cada espécie e para cada lugar.
Ao analisar os estudos sobre os impactos na fauna alada, observa-se que parques eólicos podem trazer impactos negativos para algumas espécies. Entretanto, estes impactos podem ser reduzidos a um nível tolerável por meio do planejamento do futuro da geração eólica, considerando aspectos de conservação da natureza (EWEA, 2004) como "evitar a instalação de parques eólicos em áreas importantes de habitat; evitar áreas de corredor de migração; adotar arranjo adequado das turbinas no parque eólico; usar torres de tipos apropriados (tubulares); e utilizar sistemas de transmissão subterrâneos".
O ruído é outro fator que merece ser mencionado, devido não só à pertubação que causa aos habitantes das áreas onde se localizam os empreendimentos eólicos, como também à fauna local - como, por exemplo, a sua interferência no processo reprodutivo das tartarugas.



- Outros aspectos ambientais
O impacto sobre o solo ocorre de forma pontual à área de instalação da base de concreto onde a turbina é instalada. Vários testes de compactação do solo são feitos para avaliação das condições de instalação de cada turbina. Por não haver uso de combustíveis fósseis, o risco de contaminação do solo por resíduo líquido devido à operação e manutenção de parques eólicos é reduzido ou quase nulo. Esta característica minimiza também os riscos de contaminação do lençol freático.
É importante lembrar que a taxa de ocupação no solo de uma turbina eólica está restrita à pequena área referente à construção da base de concreto para sustentação de toda a máquina: a área em torno da base de concreto fica totalmente disponível para o aproveitamento agrícola ou pecuário; e a vegetação em torno da turbina eólica pode ser mantida intacta.

A energia eólica e o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)
Considerando-se que as fontes alternativas ainda têm custos mais elevados do que as convencionais, em abril de 2002 o Governo Federal criou, por meio da Lei nº 10.438, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Com o objetivo de ampliar a participação das fontes alterantivas na matriz elétrica, o Proinfa prevê, em sua primeira fase, a instalação de 3.300 MW de potência no sistema elétrico interligado - sendo 1.423 MW de usinas eólicas, 1.192 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 685 MW de biomassa.
Dentre outros benefícios, o Proinfa apresenta:
"a diversificação da matriz energética e a conseqüente redução da dependência hidrológica;
"a racionalização de oferta energética por meio da complementaridade sazonal entre os regimes eólico, de biomassa e hidrológico, especialmente no Nordeste e Sudeste. No rio São Francisco, por exemplo, cada 100 megawatts médios produzidos por fonte eólica proporcionaria uma economia de água da ordem de 40 m3/s;
"a possibilidade de elegibilidade, referente ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, criada pelo Decreto Presidencial de 7 de julho de 1999, dos projetos aprovados no âmbito do Proinfa".
Diversas empresas estrangeiras já mostraram interesse em estudos de viabilidade técnica para implementação de grandes parques eólicos no Brasil. Além dos 1,4 GW de projetos já contratados no Proinfa, quatro em operação, representando 158,3 MW, e 50 parques em implantação, representando 1.264,6 MW. Existem, ainda, cerca de 3,5 GW em projetos eólicos autorizados pela Aneel que não integram a carteira de projetos do Proinfa. Empresas, como a Wobben Wind Power Industria e Com. Ltda, SIIF Énergies do Brasil Ltda, Enerbrasil Ltda, Ventos do Sul, Eletrowind e outras, já mantêm torres de medições e estudos de infra-estrutura para instalação e operação de parques eólicos, que nesta fase, em sua grande maioria, encontram-se planejados para instalação ao longo da costa da região Nordeste (Dutra, 2004).
A segunda fase do Proinfa, prevista para iniciar após o término da primeira, e terminar em 20 anos após o início do programa - portanto, em 2022 -, supõe que as três fontes eleitas (PCH, biomassa e eólica) atinjam uma participação de 10% da geração de energia elétrica brasileira. Supõe ainda contratar, a cada ano, no mínimo 15% do acréscimo de geração do setor (Brasil, 2002). Com base nestes números e considerando a projeção da demanda feita nos quatro cenários considerados no Plano Nacional de Energia - PNE 2030 (EPE, 2006b) -, um prolongamento destes números de 2022 a 2030, um fator de capacidade de 0,30, e uma divisão eqüitativa entre as três fontes, chega-se a uma potência instalada de geração de energia elétrica em usinas eólicas, no fim do horizonte, entre 9 GW e 13 GW.
Nesse contexto, vale citar que já está em operação o parque eólico de Osório, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul. Esse empreendimento é composto por 75 torres de aerogeradores e tem uma capacidade instalada estimada em 150 MW, sendo a maior usina eólica da América Latina e a segunda no mundo.

Jogos Online - Meio Ambiente

http://clickjogos.uol.com.br/Jogos-online/Acao-e-Aventura/Eco-Ego/

http://www.jogosonlinegratis.org/jogoonline/ajudar-o-meio-ambiente/

http://www.cnpsa.embrapa.br/jogos/erosao/12354-h.html

http://www.cnpsa.embrapa.br/jogos/resuinos/0-h.html











ENERGIA BURRA: A LIÇÃO NUCLEAR



Depois de décadas de consequências fatais para homens e fauna fazendo largo uso da energia atômica, ela é cada vez maisDepois de décadas de consequências fatais para homens e fauna fazendo largo uso da energia atômica, ela é cada vez mais usada em diversos países (inclusive Brasil).

O Japão pode estar caminhando para um desastre nuclear cujo impacto no meio ambiente é incalculável. No entanto, o assustador momento está fazendo muitos países repensarem se vale investir nesta controversa fonte de energia. Não só pelas terríveis consequências ambientais, mas porque acidentes como o de agora saem carríssimos para serem "consertados".

O Brasil pode ignorar os perigos e achar que "no Brasil não tem tsunami nem terremoto". Mas temos que considerar a falha humana que é responsável pela maioria dos acidentes nucleares. Fica a lição!
usada em diversos países (inclusive Brasil).

quarta-feira, 30 de março de 2011

Resenha Cítica - Uma Verdade Inconveniente





Albert Arnold "Al" Gore Jr. nasceu em Washington no dia 31 de março de 1948, filho do ex-senador norte-americano, Albert Gore. Foi vice-presidente na administração de Bill Clinton, entre 1993 e 2001. Em 2000, concorreu a presidência dos Estados Unidos e perdeu, numa eleição marcada por contagem polêmica dos votos, para George W. Bush, apesar de ter tido mais votos populares.
Em 2006, lançou Uma Verdade Inconveniente, documentário sobre mudanças climáticas, mais especificamente sobre o aquecimento global, o qual se sagrou vencedor do Óscar de melhor documentário em 2007. Al Gore é um ativista ecológico, tendo escrito dois livros, A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano (Augustus, 1993, 452 páginas) e Uma verdade inconveniente (Manole, 2006, 328 páginas).
Ao lançar o documentário, Al Gore pensou de forma inteligente sobre o aquecimento global. Envolveu diversas formas de apresentar, usando animações, slides, vídeos e depoimentos. Em todos os momentos ele procura mostrar gráficos e gravuras para comprovar o que o mesmo fala, tentando assim, mostrar para as pessoas que estamos passando por um problema quase sem saída, pois não é um problema de fácil solução, envolvem diversos setores da sociedade, políticos, entidades privadas e nós, a sociedade.
  

 

Mas, qual a relação que o documentário tem com seu título, Uma Verdade Inconveniente? Basta sabermos o significado da palavra inconveniente para entendermos. A palavra quer dizer algo incômodo, importuno. Então, entendemos que é justamente uma verdade que todos não gostam, que não satisfazem as pessoas. É exatamente isso que vemos no documentário, um problema climático e ambiental que está causando a elevação das temperaturas do planeta, com isso, está acontecendo o derretimento das geleiras dos pólos e do topo das altas montanhas que dão origem aos grandes rios do mundo. Este fato, proporciona o elevamento dos níveis de oceanos e rios. Além disso, a sensação de calor também aumenta, e incomoda muito, pois grande parte da população de nosso planeta vive em locais frios, com baixas temperaturas.
E qual motivo que leva esta verdade a ser inconveniente? Porque, para o homem diminuir esse processo de aquecimento, é preciso altos investimentos para substituir fontes de energia poluentes. Além disso, é preciso diminuir o consumo exagerado da população. Com isso, vemos que isso irá prejudicar o atual sistema Capitalista, que gera grandes lucros para as potências mundiais, como os Estados Unidos.
           


E o que leva a existir este aquecimento da Terra? Todos os momentos o Sol manda radiações na forma de radiações ultravioletas. Estas radiações incidem sobre a Terra, batem no solo, e são refletidas. Estas radiações são refletidas na forma de radiação infravermelha, para voltar ao espaço. Porém, a grande quantidade de gases estufas, como: CO2, N2O, CH4, CFC’s, SF6, HFC’s e PFC’s, impedem estas radiações infravermelhas de voltarem ao espaço, fazendo com que as mesmas fiquem acumuladas na atmosfera e gerem uma sensação de intenso calor, elevando as temperaturas ambiente. Esta barreira contra a reflexão das radiações da origem ao efeito estufa, fenômeno de grande importância para a manutenção da vida no planeta. Porém, este efeito estufa não deve ser intenso, para não proporcionar o aquecimento global.
           


Portanto, este documentário, tem como principal objetivo esclarecer a crise climática e ambiental que estamos passando, que é justamente a intensificação do efeito estufa, gerando o aquecimento global. Al Gore usa duas animações que retratam bem o problema apresentado no documentário. Na primeira, vemos um homem tentando esclarecer, para uma garotinha, o que é o Aquecimento Global. No final do desenho, observamos que é uma sátira, pois para o homem o simples fato de jogar imensas barras de gelo será a solução, mas, no fundo, o próprio homem sabe que não será a resolução do problema, ele só estar, atenuando, a gravidade do problema. Na segunda, Al Gore mostra um urso polar tentando encontrar uma superfície de gelo, no meio da imensidão do mar Ártico, mas como o aquecimento está derretendo o gelo nos pólos, cada vez mais ursos polares estão morrendo afogados, cansados de nadar em busca de uma superfície de gelo.

domingo, 27 de março de 2011

Agenda 21




A maior herança da conferência para o planeta foi a criação do documento conhecido como Agenda 21. Alicerçada no slogan "pensar globalmente, agir localmente", a agenda promoveu o acordo e a aprovação, entre os 170 países participantes, de uma série de compromissos cujo objetivo maior era buscar os caminhos para a mudança do padrão insustentável de desenvolvimento vigente, vislumbrando novos modelos ambientalmente equilibrados para o então ainda distante século XXI.
Dezenove anos depois de seu lançamento e já inserida na realidade do século que a batizou, a Agenda 21 merece uma retrospectiva e um balanço. Afinal de contas, mais do que um documento, ela foi criada com o intuito de funcionar como um impulsionador de um processo de planejamento participativo. Este processo é a base para a análise da situação atual de um país, estado, município e/ou região, gerando as Agendas 21 regionais e locais. Em outras palavras, todas as pessoas, em sua devida atuação e localidade, têm algo a colaborar no processo de implantação da Agenda 21 dentro da sua realidade.

Os 5 princípios básicos da Agenda 21 Global
1 - Geração de um processo de planejamento participativo para planejamento do futuro de forma sustentável em níveis locais, regionais e globais.
2 - Encaminhamento de propostas dentro de uma abordagem integrada e sistêmica das dimensões econômica, social, ambiental e político-institucional.
3 - Envolvimento de todos os atores sociais na discussão dos principais problemas, garantindo a sustentabilidade dos resultados.
4 - Formação de parcerias e compromissos para a solução das problemáticas a curto, médio e longo prazo.
5 - Geração de produtos, propostas e projetos concretos, exeqüíveis e mensuráveis.
Agenda 21 Brasileira
O processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira vem sendo conduzido pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS), criada em fevereiro de 1997 pela Presidência da República e vinculada ao Ministédio do Meio Ambiente.
Seguindo as diretrizes da versão global do documento, a Agenda 21 Brasileira tem por objetivo definir estratégias de desenvolvimento sustentável para o país, a partir de um processo de articulação e parceria entre o governo e a sociedade. A metodologia de trabalho da Agenda 21 Brasileira teve como base a escolha de seis temas centrais, sendo eles: Gestão dos recursos naturais; Agricultura sustentável; Cidades sustentáveis; Infra-estrutura e integração regional; Redução das desigualdades sociais; e Ciência e Tecnologia (veja mais detalhes sobre cada tema na página 06).
O objetivo principal pretendido com essa divisão era abarcar a complexidade do país, estados, municípios e regiões dentro do princípio da sustentabilidade. Ou seja, o estudo direcionado visa facilitar o planejamento e implantação de modelos e sistemas ideais e adequados à singular e ao mesmo tempo diversa realidade brasileira.
O caráter participativo da Agenda 21 fez com que a CPDS percebesse a necessidade de ampliar, na prática, a participação dos diversos setores da sociedade brasileira no processo de construção da versão nacional do documento. Foi então gerado o "Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão", um relatório cuja principal função foi incentivar e subsidiar rodadas de debates nos estados e cidades. Ele foi distribuído para as 27 unidades da federação em setembro de 2000 através das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. Receberam o documento instituições dos setores governamental, civil organizado e produtivo.
Do lançamento do relatório até maio desse ano o Ministério do Meio Ambiente e o CPDS promoveram 26 debates estaduais - o Amapá foi o único estado que ficou de fora, por impossibilidade de realização do encontro. Num balanço geral, participaram das discussões quase 4 mil representantes das instituições acima citadas e foram concluídas e consensuadas nada mais do que 5.839 propostas referentes aos seis eixos temáticos.
A etapa seguinte de elaboração da Agenda 21 Brasileira iniciou-se em maio com o primeiro de cinco encontros regionais previstos para acontecerem até agosto. Os encontros realizados no momento consistem em reuniões fechadas das quais participam consultores e especialistas da área sócio-ambiental escolhidos pelas Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e outras instituições federais apoiadoras da elaboração da Agenda 21. Trata-se de uma etapa de consolidação, que será seguida pela conclusão do processo de elaboração e pelo lançamento da Agenda 21 Brasileira, previsto para outubro.


 Fonte: http://www.institutoaqualung.com.br/info_agenda50.html